Impunidade perigosa - Banco de redações

No Brasil, os menores de 18 anos, conhecidos como inimputáveis, não cometem crimes; mas, infrações. Eles são punidos através de medidas socioeducativas e internações em instituições correcionais. Isso gera uma grande discussão: deve haver uma redução da maioridade penal?

Na sociedade atual. Um jovem de 16 anos possui a capacidade de discernir entre o certo e o errado. O ambiente e a educação ao seu redor permite, indiscutivelmente, a compreensão da gravidade e ilegalidade de certos atos. Afinal, a lei é baseada na moral básica que um ser humano é incentivado a ter. Ela é também muito parecida com a moral do cristianismo, proeminente no país, que é ensinada desde a infância e enfatizada e melhor compreendida em torno dos 15 anos.

A impunidade é um caso sério. Muitos sociólogos defenderam e defendem que uma sociedade funciona devido a um conjunto de leis punitivas (estejam presentes no Código Penal ou em um livro religioso). Questiona-se, nesse âmbito, se, excluída a possibilidade de uma infernal vida após a morte ou um lastimável período na prisão, a criminalidade aumentaria. De fato, a moral aparentemente intrínseca ao ser humano não seria suficiente fator impeditivo de se cometer um crime. É exatamente o que ocorre com muitos jovens abaixo da idade necessária para ser responsabilizado pelos seus atos com penalização séria.

Dignos de admiração são os que não cometem crimes mesmo sem o perigo de serem punidos. Infelizmente, a imoralidade está presente em vários humanos – incluem-se jovens. Sendo assim, a maioridade penal deve ser reduzida para 16 anos, considerando que o acesso a informações e capacidade de compreensão nesse mundo globalizado e moderno atinge pessoas dessa idade da mesma forma que maiores de 18 anos.