A situação socioeconômica brasileira é a melhor de todos os tempos, e a educação também se inclui nesse parâmetro. A taxa de analfabetismo nunca foi tão baixa como os 9,1% atuais. Algo também inovador é a presença da USP entre as 100 melhores universidades do mundo, segundo pesquisa inglesa. Contudo, será que nesse ambiente de conquistas ainda existem dificuldades?
O salário de um professor dos ensinos infantil, fundamental e médio, está em torno de R$ 1600,00. Sendo assim, podemos afirmar que, diante da missão social de criar cidadãos, essa é uma das profissões mais mal remuneradas do nosso país. E o mais absurdo quanto a isso é que em alguns estados, como o Rio Grande do Sul, pagam-se um valor ainda menor do que esse. Diante desse mísero salário, greves são frequentes, principalmente quando ocorrem aumentos nesse valor, e quem mais sofre com essas paralisações é o estudante.
O treinamento dos docentes também é deficiente. O que de fato está ocorrendo é um reflexo direto da má qualidade de ensino, pois mesmo nas universidades se observa uma estrutura bastante precária. Uma consequência disso é a desistência de muitos alunos dos cursos de licenciatura, sendo que, na maioria das turmas, sequer metade dos alunos concluem o curso.
Outro problema sério é a falta de investimento direto – ou a não chegada devido a desvios. Em todo canto do Brasil encontram-se escolas sem telhado, sem cadeiras, sem lanche para os alunos e, até mesmo, sem livro. Em resposta a isso, protestos por melhorias se espalham pelo país, como o de estudantes de Brasília que no mês de abril de 2013 exigiam uma verba equivalente a 10% do PIB destinado à educação.
Diante disso, é possível afirmar que o ensino brasileiro, apesar de ter evoluído nas últimas décadas, ainda é bastante deficitário. Primeiramente deve-se destinar uma boa quantia de verba para a educação – 10% do PIB é um valor plausível – para poder estruturar as escolas e universidades. Depois o foco deve ser o preparo do professor e sua remuneração, que deve ser ajustada paulatinamente. Caso a situação persista, é provável que o Brasil se mantenha por um bom tempo como nação em potencial, afinal a educação é a base de um país.
Comentários do corretor
Seu texto retratou o bem o tema proposto, no entanto não houve extrapolação do recorte temático. Amplie suas ideias e procure realizar um melhor trabalho com os recursos argumentativos (citação, ironia, fatos, dados, exemplos, comparações, contraposições, retrospectivas históricas etc.).
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Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 1.5 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.5 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 1.5 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 1.5 |
NOTA FINAL: | 7.5 |
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