Como a morte de um presidenciável pode interferir nas eleições?

Em 14/08/2014 12h14 , atualizado em 14/08/2014 12h16 Por Dayse Luan

Candidato morreu aos 49 anos no dia 13 de agosto de 2014
Candidato morreu aos 49 anos no dia 13 de agosto de 2014
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Há pouco mais de 24 horas a notícia da queda de um avião sobre casas em Santos, no interior de São Paulo, abalou o País. E a comoção ficou maior quando se soube que entre as sete pessoas a bordo estava o candidato à presidência da República, Eduardo Campos, do Partido Socialista Brasileiro (PSB).

Até então, o Brasil nunca havia perdido um candidato à presidência em plena campanha eleitoral. "Equivalente a isso, só (a morte de) Tancredo Neves", afirma a historiadora Maria Celina D'Araújo. "Porque já houve outros casos, como Ulysses e Castelo Branco. Mas que tenha tido impacto tão grande, só Tancredo."

Em tempos de vestibular, vale lembrar que Tancredo (o avô do também atual presidenciável Aécio Neves) foi eleito presidente em 1985 e, internado antes da posse, morreu sem assumir o mandato. Ulysses Guimarães, líder do PMDB desapareceu em 1992, na queda de um helicóptero no mar. Já Castelo Branco, ex-presidente militar durante a ditadura nos anos 60, morreu em acidente aéreo em 1967.

Voltando ao artigo, segundo a legislação eleitoral o partido tem até 10 dias para escolher um novo nome. A maioria das pessoas, entre leigos e especialistas, acredita que a vice na campanha de Campos, a ex-senadora Marina Silva, será a indicada para a disputa presidencial e responsável por manter uma terceira via nas eleições.

Mesmo sendo pouco provável, há a opção da coligação desistir de uma candidatura própria e se dividir entre as outras. Os principais adversários de Campos, Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), não farão campanha nesses três dias de luto oficial, mas se preparam para enfrentar o novo opositor, avaliando também os prós e os contras de Marina ser a escolhida do PSB.

O cenário político atual já possuía diversas expectativas em razão das manifestações do ano passado, da Copa do Mundo, das incertezas da economia e por vários outros fatores. Se antes estava difícil prever algo nesta eleição, agora é quase impossível saber quais rumos ela tomará. De qualquer maneira, a disputa eleitoral 2014 ficará marcada na história do Brasil.

Qual a sua opnião diante deste novo cenário político no País? Como você avalia que a morte de Eduardo Campos irá interferir nessas eleições?