Ensino a Distância no exterior

Por Marla Rodrigues

A internet permite a conexão com o mundo todo , até pra estudar
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Quem acha que para estudar numa universidade estrangeira é preciso sair do país está redondamente enganado. As universidades do exterior também oferecem cursos a distância para brasileiros. A principal vantagem desta opção é ter um diploma internacional com um gasto infinitamente menor do que se você tivesse que viajar para a sede da faculdade.

Apesar de parecer simples, os requisitos costumam ser maiores para alunos estrangeiros e a maioria dos cursos pertence à área de administração, pedagogia, licenciatura e psicologia. Para tentar um curso como este o aluno precisa ter um bom aparato tecnológico e conhecimento da língua oficial do país, além de preencher os pré-requisitos da escola.

A principal instituição é a The Open University, criada em 1969 no Reino Unido. A escola tem mais de 700 mil alunos de graduação, pós e extensão, sendo que 66% são locais, os outros 34% são formados por estudantes do mundo todo. A maioria dos cursos tem como metodologia o acompanhamento de material impresso e, atualmente, não há cursos específicos de graduação para brasileiros, confira a lista no site da instituição.

Na Espanha o principal centro de ensino é a Universidad Nacional de Educación a Distancia (UNED). Criada em 1972, oferta cursos em 26 carreiras diferentes e no ano passado matricularam-se 1,8 mil alunos estrangeiros. A universidade é pública, e a única taxa destina-se à matrícula e custa até 600 euros para os alunos de graduação, cursos de língua e especializações e até 2 mil euros para MBA’s.

No Canadá são 90 instituições que oferecem programas a distância com pré-requisitos mais flexíveis, exceto a fluência em inglês – a menos que você queira fazer um curso de línguas. Quem administra e divulga o ensino do país é o Centro de Educação Canadense.

Tudo muito bom e funciona muito bem, mas na hora da revalidação do diploma estrangeiro aqui no Brasil a coisa complica. Exigida pelo MEC, a revalidação deve ser feita no departamento do curso equivalente em alguma universidade brasileira. Este processo pode ser longo porque exige muita documentação, além disso, o diploma de graduação pode precisar de ajustes e o aluno ter que completar a grade curricular estrangeira com aulas presenciais na universidade ou com um exame.

Para quem quer revalidar diploma de profissões regulamentadas, ou seja, regidas por conselhos e organizações, como medicina, direito e engenharia, a situação fica ainda pior. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional diz que os certificados e diplomas obtidos em instituições estrangeiras de ensino a distância devem ser revalidados para gerarem efeitos legais, de acordo com as normas vigentes para o ensino presencial. Apesar de garantida por lei, a revalidação exige muita burocracia, tempo e disposição do diplomado.

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