Em publicação feita no Diário Oficial desta quarta-feira, 19 de dezembro, o Ministério da Educação (MEC) suspendeu 207 cursos de diversas instituições de ensino superior de oferecerem novas vagas. Esses cursos receberam avaliação considerada insatisfatória entre 2008 e 2011, o que impede a realização de vestibulares.
Veja a lista dos 207 cursos com vestibular suspenso
O processo de avaliação levou em consideração o índice geral de cursos (IGC) e o conceito preliminar de curso (CPC). Em uma escala até 5, as graduações com conceitos 1 e 2 são proibidas de disponibilizarem novas vagas, e as instituições e cursos ficam sujeitos a medidas de regulação e supervisão.
Entre os 207 cursos da lista, nove são de universidades federais: Engenharia Mecânica, Pedagogia e Letras, da federal do Pará (UFPA); Ciências Sociais e Arquitetura e Urbanismo, da federal Fluminense (UFF); Engenharia Cartográfica, da federal de Pernambuco (UFPE); Ciências Sociais, da federal de Uberlândia (UFU); Geografia, da federal de Viçosa (UFV); Matemática, da federal de Roraima (UFRR).
As instituições que possuem cursos com conceito inferior a 3 devem estabelecer um plano de melhorias detalhado, com medidas a serem tomadas a curto e a médio prazo. Em 60 dias, esses cursos devem passar por reestruturação no corpo docente e, em 180 dias, por readequação da infraestrutura e do projeto pedagógico. Além disso, os cursos com conceito 1 e 2 das instituições particulares perdem o convênio com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Entenda a avaliação
O cálculo do IGC inclui a média ponderada dos conceitos preliminares de curso e os conceitos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão do MEC responsável por avaliar os programas de pós-graduação das instituições.
O CPC avalia o rendimento dos alunos, a infraestrutura e o corpo docente. Na nota do CPC, o desempenho dos estudantes conta 55% do total, enquanto a infraestrutura representa 15% e o corpo docente, 30%. Na nota dos docentes, a quantidade de mestres pesa em 15% do total; a dedicação integral, 7,5% e o número de doutores, também 7,5%.
Por Adriano Lesme
*com informações da Assessoria de Comunicação do MEC
