Clarice Lispector

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Clarice Lispector nasceu no dia 10 de dezembro de 1920 em uma pequena ilha chamada Tchetchelnik, na Ucrânia.
Filha de Pinkouss e Mania Lispector, essa recebeu o nome de Haia Lispector, mas ao chegar ao Brasil todos, exceto a irmã Tania, mudaram de nome. O pai passou a se chamar Pedro; a mãe, Marieta, a irmã Leia, Elise; e Haia, Clarice.

A família instalou-se em Recife, a irmã Elisa era quem cuidava de toda a família, já que a mãe sofrera uma paralisia gradativa e ficou inválida.
Em 1928, Clarice começou a freqüentar um grupo escolar e aprendeu a ler.

No dia 21 de setembro de 1930, Marieta morre. Nessa época, Clarice já com nove anos estudava piano, hebraico e iídiche, nesse mesmo ano a menina escreveu uma peça intitulada “Pobre menina rica”. Apreciava a leitura desde pequena, como não tinha condições financeiras para comprar livros (a família nessa época passava por uma crise financeira), pegava emprestado com uma amiga, cujo pai era dono de uma livraria.
A família prosperou e, em 1933, conseguiu comprar uma casa; dois anos depois a família foi morar no Rio de Janeiro. Foi nessa época que Clarice começou a ter contato com as obras de Machado de Assis, Jorge Amado, Eça de Queirós, Graciliano Ramos, entre outros.

Mas uma vez a família de Clarice enfrentou crises financeiras, em virtude disso, a jovem começou a dar aulas particulares de português e matemática, em 1938. No ano seguinte Clarice iniciou seus estudos na Faculdade de Direito e começou a trabalhar como secretária.

Em 25 de maio de 1940, seu conto Triunfo foi publicado, no dia 26 de agosto desse mesmo ano seu pai morreu e em seguida a escritora criou alguns contos, como A fuga, História interrompida e O delírio. Clarice foi morar com a irmã Tania, que nessa época já era casada, e conseguiu uma vaga de redatora e repórter no Departamento de Imprensa e Propaganda.

Em 1942, Clarice escreveu seu primeiro romance, Perto do Coração Selvagem e começou a namorar Maury Gurgel Valente, colega de faculdade.
Casou-se em 1943, com Maury Gurgel e concluiu o curso de Direito. O marido ingressou na carreira diplomática e, em 1944, mudaram para Belém do Pará (PA).

Clarice e o marido ficaram na cidade por apenas seis meses, retornaram então ao Rio de Janeiro, mas em 13 de julho de 1944 tiveram que mudar para Nápoles, durante a 2ª Guerra Mundial. A escritora terminou seu romance O lustre e em seguida recebeu um prêmio com Perto do coração selvagem. O lustre foi publicado no Brasil em 1945.
Clarice demonstrava-se insatisfeita com a vida na Europa, o que lhe deu ânimo foi a chegada de seu primeiro filho Pedro, nascido em 19 de setembro de 1948, foi nesse mesmo momento que a obra A cidade sitiada foi concluída.

A família retornou ao Rio em 1949, mas no ano seguinte voltaram para a Europa.
No ano de 1951, Clarice foi para o Rio de Janeiro e começou a trabalhar em jornais.
Grávida do segundo filho, Clarice mudou-se com marido e filho para os Estados Unidos, no ano seguinte nasceu Paulo. Nesse país a família permaneceu por oito anos. Foi nos Estados Unidos que Clarice conheceu Érico Veríssimo e sua esposa, se tornaram muito amigos e o casal foi escolhido para serem padrinhos de Paulo.

Perante conflitos matrimoniais e cansada do estilo de vida que levava, em 1959, Clarice separou-se do marido e voltou ao Brasil com o filhos.

Publicou, em 1960, Laços de família e no ano seguinte A maçã no escuro. Publicou também o livro de contos A legião estrangeira e o romance A paixão Segundo G. H., em 1964. A vida financeira da escritora era muito difícil, contudo conseguiu comprar um apartamento em 1963, mas mudou-se para ele somente em 1965.

Em 1966, especificamente na madrugada de 14 de setembro, Clarice dormiu com um cigarro aceso, fato que provocou um grave incêndio, a escritora sofreu muitas queimaduras pelo corpo e por conseqüência passou dois meses hospitalizada. Após a recuperação, mesmo com todo apoio da família e amigos, Clarice entrou em profunda depressão, em virtude das inúmeras cicatrizes. Nesse período publicou alguns livros infantis. Em 1969, publicou Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres.

Clarice foi, em 14 de agosto de 1969, aposentada pelo INPS, em 1970 lançou Água viva.
No ano de 1971 a coletânea de contos Felicidade Clandestina foi publicada e em 1973, Água viva.

Entre os anos de 1973 e 1977 publicou A imitação da rosa, A vida íntima de Laura, A via crucis do corpo, Onde estivestes de noite, Visão do Esplendor e A hora da estrela.

Clarice adoeceu, estava com câncer no útero, que, posteriormente, foi se alastrando pelo corpo, morreu no Rio de Janeiro no dia 9 de dezembro de 1977.

Após sua morte, três livros póstumos foram publicados: Um sopro de vida – Pulsações, Para não esquecer e Quase de verdade.

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