Físico

Por Wanessa de Almeida

Especialista em Metodologia do Ensino de Ciências e Matemática
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A física estuda os fenômenos naturais. Ser físico exige uma vasta compreensão fenomenológica associada à matemática.

O curso de Licenciatura em Física exige do aluno rigor, tanto dentro como fora da sala de aula, ou seja, a dedicação é de suma importância. Na graduação são estudadas matérias como as Físicas – I, II, III, IV, Moderna I e Moderna II; os Cálculos I, II, III; Equações Diferenciais Ordinárias, Álgebra Linear, Probabilidade e Estatística, Geometria Analítica, Cálculo Vetorial, Estágios Supervisionados, Tecnologias no Ensino de Física, Laboratórios, Estrutura e Propriedade da Matéria, História da Física, Astronomia, Astrofísica, Mecânica, Métodos Matemáticos, Eletromagnetismo e Termodinâmica; são disciplinas específicas que dão suporte para que o aluno tenha uma visão qualitativa e quantitativa dos princípios fundamentais da física.

Matérias de outras áreas são trabalhadas também, tais como: Psicologia da Educação, Políticas Educacionais, Teorias da Educação, Sociedade, Cultura e Educação..., dentre outras que nos trazem compreensão e complementam o nosso conhecimento a respeito do que vem a ser educação.

O aperfeiçoamento após o término da graduação amplia o seu conhecimento e lhe traz mais maturidade. Fazer especialização, mestrado, doutorado ou pós-doutorado torna-se uma necessidade, pois a busca por conhecimento é incessante.

O campo de atuação do licenciado está direcionado às escolas de níveis fundamental e médio e ensino superior, não ficando restrito a essas, pois outros campos têm necessidades de físicos, como instituições de medicina nuclear, radioterapia, centros de pesquisas e desenvolvimento tecnológico, sem esquecer que o mercado para nós não é saturado.
O físico é tachado pela maioria da sociedade como louco, doido ou por algum adjetivo que o caracterize como um ser anormal; vejo esta situação como resultado da nossa busca por compreender o universo e seus fenômenos, tendo a matemática como nossa principal ferramenta.

Trago em minha bagagem cinco anos de sala de aula com atuações em escolas públicas – nível fundamental, médio e pré-vestibular (física e matemática); escolas particulares - nível fundamental, médio e pré-vestibular (física); escola particular – nível técnico (proteção radiológica, física das radiações, medicina nuclear, radioterapia, tomografia, ressonância magnética e cálculo de dosagem de medicamento; ensino superior (matemática I e Fundamentos de Matemática) e palestras em congressos voltados aos alunos do curso Técnico em Radiologia.

O retorno financeiro é relativo; a educação pública paga algo em torno de R$ 1.200 por 42 aulas semanais; nas escolas particulares, o valor da hora/aula varia em torno de R$ 12 a R$ 50; supervisor em radioproteção (medicina nuclear e/ou radioterapia) recebe em média R$ 4000; professor de nível superior varia entre R$ 25 e R$90 por hora/aula.

Para o pesquisador é difícil estimar, pois é de acordo com o campo de pesquisa; e esses valores tendem a aumentar na medida em que o profissional adquire títulos (especialização, mestrado, doutorado, pós-doutorado).

Receber um bom salário ou não vai da realidade de cada um, lembrando que associado ao salário está relacionado à profissão que você exercerá, e que se tornará ideal se o que você exerce é o que você, de fato, gosta.
Fazer física é buscar formas de interpretar o universo, é fazer da matemática uma ferramenta preciosa na descrição de fenômenos e tudo isso aliado a habilidades e visões amplas de mundo que adquirimos em nosso caminhar durante a graduação.

“As raízes do estudo são amargas, mas seus frutos são doces” (Aristóteles), e assim se faz a nossa trajetória.

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